Embaixada de Israel impõe <em>check-point</em> em Lisboa
O CPPC criticou a Embaixada de Israel por ter recusado um encontro previamente combinado com organizações não governamentais portuguesas para entrega de uma carta contra a ocupação dos territórios palestinianos.
Não é o Governo de Israel que dita as leis em Portugal
Alegando que «a presença de mais de cinco pessoas» constituída uma «manifestação provocatória», a Embaixada de Israel utilizou como pretexto para recusar o encontro o facto de haver uma dezena de representantes das 55 ONG’s no passeio fronteiro à embaixada (mesmo sem qualquer pano ou palavra de ordem).
Para além de se recusar os dois representantes das ONG’s portuguesas, a Embaixada de Israel –deturpando a realidade da situação e alegando perigos inexistentes – levou a PSP a mobilizar dispositivos policiais consideráveis (três carros-patrulha e uma carrinha do corpo de intervenção) e totalmente desproporcionados, dada a inexistência de qualquer alteração da ordem pública, ou sequer de uma manifestação que nunca chegou a estar prevista.
«A Embaixada de Israel procura assim impor a “lei” de Israel nas ruas portugueses», alerta o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), informando que «tal como em numerosas outras ocasiões recentes, a PSP pediu a identificação dos dois representantes das ONG’s que tinham o encontro marcado na embaixada, numa acção que confirma as tendências incriminatórias e repressivas crescentes que o Governo e o seu Ministério da Administração Interna têm vindo a generalizar.
«Não é o Governo de Israel que dita as leis em Portugal. Portugal é um país soberano e não é admissível que as liberdades democráticas aqui sejam questionadas, por quem quer que seja», continua o CPPC, manifestando «solidariedade com a luta do povo palestiniano».
Crimes contra a humanidade
Na carta, que não chegou às mãos dos responsáveis israelitas, as ONG’s acentuaram que «é urgente pôr fim a 40 anos de ocupação israelita dos territórios palestinianos».
«40 anos de violação sistemática e brutal dos direitos básicos e fundamentais do povo palestiniano, a 40 anos de negação do direito do povo palestiniano a ter um Estado independente, soberano e viável nos territórios ocupados», revela o documento, exigindo que Israel cumpra o direito internacional e as inúmeras resoluções da Organização das Nações Unidas, «que só não condenam a ocupação, como exigem o seu fim».
«Os incomensuráveis sofrimentos repetidamente infligidos ao povo palestiniano – que configuram crimes contra a humanidade e merecem a nossa enérgica condenação – a par da disseminação de colonatos ilegais e da construção do muro de separação – já condenado pelo Tribunal Internacional de Justiça – configuram uma deliberada política de inviabilização da construção de um Estado palestiniano livre, soberano e viável», acentua da carta dirigida à embaixada.
Para além de se recusar os dois representantes das ONG’s portuguesas, a Embaixada de Israel –deturpando a realidade da situação e alegando perigos inexistentes – levou a PSP a mobilizar dispositivos policiais consideráveis (três carros-patrulha e uma carrinha do corpo de intervenção) e totalmente desproporcionados, dada a inexistência de qualquer alteração da ordem pública, ou sequer de uma manifestação que nunca chegou a estar prevista.
«A Embaixada de Israel procura assim impor a “lei” de Israel nas ruas portugueses», alerta o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), informando que «tal como em numerosas outras ocasiões recentes, a PSP pediu a identificação dos dois representantes das ONG’s que tinham o encontro marcado na embaixada, numa acção que confirma as tendências incriminatórias e repressivas crescentes que o Governo e o seu Ministério da Administração Interna têm vindo a generalizar.
«Não é o Governo de Israel que dita as leis em Portugal. Portugal é um país soberano e não é admissível que as liberdades democráticas aqui sejam questionadas, por quem quer que seja», continua o CPPC, manifestando «solidariedade com a luta do povo palestiniano».
Crimes contra a humanidade
Na carta, que não chegou às mãos dos responsáveis israelitas, as ONG’s acentuaram que «é urgente pôr fim a 40 anos de ocupação israelita dos territórios palestinianos».
«40 anos de violação sistemática e brutal dos direitos básicos e fundamentais do povo palestiniano, a 40 anos de negação do direito do povo palestiniano a ter um Estado independente, soberano e viável nos territórios ocupados», revela o documento, exigindo que Israel cumpra o direito internacional e as inúmeras resoluções da Organização das Nações Unidas, «que só não condenam a ocupação, como exigem o seu fim».
«Os incomensuráveis sofrimentos repetidamente infligidos ao povo palestiniano – que configuram crimes contra a humanidade e merecem a nossa enérgica condenação – a par da disseminação de colonatos ilegais e da construção do muro de separação – já condenado pelo Tribunal Internacional de Justiça – configuram uma deliberada política de inviabilização da construção de um Estado palestiniano livre, soberano e viável», acentua da carta dirigida à embaixada.